sábado, 5 de junho de 2010

CONFERÊNCIA NACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA - CONCLAT - LEIA OU BAIXE O TEXTO COMPLETO DA AGENDA DA CLASSE TRABALHADORA

Agenda pelo Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho

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As centrais sindicais CUT – Central Única dos Trabalhadores, CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil; Força Sindical e Nova Central Sindical dos Trabalhadores, com representações de todos Estados e do DF, com a presença de cerca de 25 mil trabalhadores, reuniram dia 1º de junho de 2010, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo,  num encontro inédito e de unidade da classe trabalhadora, para debate e aprovação, em Assembléia, da AGENDA DA CLASSE TRABALHADORA pelo Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho.
                A AGENDA DA CLASSE TRABALHADORA consiste  em um projeto para o Brasil a ser apresentado à sociedade brasileira, aos partidos políticos e seus candidatos[1], tendo 6 (seis) eixos estratégicos e cada um deles com diretrizes mais destacada:
1 – Crescimento com Distribuição de Renda;
2 – Valorização do Trabalho Decente com Igualdade e Inclusão Social;
3 – Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental;
4 – Democracia com efetiva participação popular;
5 – Soberania e integração internacional e
6 – Direitos Sindicais e Negociação Coletiva.
                Esta Agenda foi elaborada com a participação dos sindicatos e entidades afins e tem 265 propostas chaves, mas, segundo os Sindicalistas, as possibilidades de os candidatos a frente das pesquisas abraçarem esta proposta são remotas e parcial, restando  somente  de Dilma Rousseff, que poderá vir a declarar de público seu engajamento com os eixos e diretrizes expostos pelos trabalhadores e trabalhadoras na AGENDA DA CLASSE TRABALHADORA.
                Os demais candidatos dificilmente colocariam em seu programa pontos polêmicos como fim do fator previdenciário, elevação real do salário mínimo, impostos sobre grandes fortunas e heranças, distribuição dos lucros, redução da jornada de trabalho, direito amplo de greve, negociação coletiva, reforma fiscal com transferência de renda para os menos favorecidos, estímulo ao cooperativismo, previdência pública e universal, etc[2].
                Dada sua dimensão política e a composição de trabalhadores que não se curvam perante os poderosos e não aceitam mais o retrocesso para as políticas neoliberais que provocam a dependência nacional, desemprego e perversos efeitos nas políticas de distribuição de renda, com riscos ainda a democracia para os segmentos sociais populares; as interpretações do evento pelos grandes meios de comunicação tentaram desvirtuar o conteúdo e forma da CONCLAT, ao dizer que foi gasto muito do imposto sindical, foi ato de apoio a Lula, ... antes tentaram caracterizar como apoio à Dilma Rousseff, como o evento essencialmente sindical, com a palavra dada a um representante do PT, que somente falou por 5 minutos, tentaram caracterizar a fala deste como o tom de toda a Conferência o que não é verdade.
                É preciso estar atento, pois cada evento que não soa bem para as elites conservadoras, elas tentam desvirtuar os principais objetivos pinçando uma ou duas palavras e colocando como tom de todo o encontro.
                Até sobre os números dos presentes houve polêmica a Guarda Metropolitana tentou afirmar que somente estavam presentes 15 mil  pessoas, mas, catracas registraram a entrada de mais de 23 mil e houve acessos pelos fundos de muitos militantes, o que não deixa muita margem para dúvida da presença de cerca de 25 mil pessoas.
                Ademais, o principal não é o número de presentes, mas sim  cinco aspectos ignorados pela grande imprensa sobre a AGENDA DA CLASSE TRABALHADORA:
  1. É uma agenda resultante da participação coletiva dos trabalhadores e trabalhadoras: o processo de elaboração desta envolveu historicamente milhões de pessoas, dado que consubstancia propostas que vem sendo geradas pelos trabalhadores e trabalhadoras  dos mais diversos sindicatos do Brasil inteiro, de norte a sul, os quais também analisaram acertos e erros de políticas públicas sociais adotadas pelo Governo Lula e erigiram propostas corretivas ou a serem implementadas.
  2.  Conteúdo avançado dos eixos e diretrizes: possibilitado pelos acertos do atual governo de desenvolvimento com distribuição de renda - a Agenda traz propostas mais avançadas do que temos na realidade brasileira hoje e que cobram maior determinação governamental, com aperfeiçoamento de muitas proposições, como a de exigir elevação do Salário Mínimo, com conversão em lei do compromisso firmado com as centrais sindicais de elevação do salário mínimo com parâmetros definidos; fim do fator previdenciário, etc.
  3. Objetivo claro da Agenda: é ser uma resposta a crise econômica, política e ambiental, apontando como superá-la e implementar um modelo essencialmente popular e democrático, embasado, como já dito, três valores fundamentais: a democracia, a soberania do País e a valorização do trabalho.
  4. Fruto da unidade inédita das centrais sindicais e da classe trabalhadora: ocorrida de forma semelhante anteriormente somente em 1981, durante o CONCLAT,  o que é pouco ou nada abordado pela grande imprensa;
  5. Apresentada num momento ideal:  justamente no período de crise e  pré-eleitoral, o que permite dar o tom para as diversas coligações e partidos do que querem os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras como forma de superar as dificuldades defrontadas, sendo que incorporação em suas plataformas eleitorais e partidários dependerá de cada coligação e de cada candidato, mais ainda as trabalhadoras e os trabalhadores terão um referencial seguro para destinarem seus votos para aqueles que abraçarem a AGENDA DA CLASSE TRABALHADORA em sua integralidade.
  6.  

[1] A grande imprensa, bem como diversos companheiros e companheiras, restringiram os destinatários, como se fossem unicamente pré-candidatos à Presidência da República; mas está claramente lá no Manifesto aprovado na CONCLAT “As Centrais Sindicais, reunidas na Conferência da Classe Trabalhadora – Assembléia, apresentam à sociedade brasileira, aos partidos políticos e seus candidatos, um conjunto de propostas  que reafirmam nosso desejo de que o país trilhe o caminho do desenvolvimento”... e lá também consta que este projeto nacional de desenvolvimento é “orientado por três valores fundamentais: a democracia, a soberania do País e a valorização do trabalho”.
[2] Ciente desta limitação da Candidatura de Serra e da opção direitista que fizeram Serra e PPS, a UGT – União Geral dos Trabalhadores recusou participar do evento e da elaboração programática por manobra do Partido Popular Socialista e do Partido Democrata, sob o pretexto de que  a Candidata Dilma Rousseff seria beneficiada com a concretização da unidade das centrais em uma plataforma única..



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